11 de Outubro DIA DA GALIZA COMBATENTE: A LUITA É O ÚNICO CAMINHO

Posted by assembleiasabertasindependentistas on 2021/10/04

“A LUITA É O ÚNICO CAMINHO”

Homenagem à mocidade independentista e as suas expressões de auto-organizaçom e luita

A meados da década dos anos 30 do século passado, a mocidade começa a virar o rumo do nacionalismo, até agora ancorado no intelectualismo, radicalizando as posturas do movimento. Será a mocidade a primeira em erguer na Terra a bandeira arredista, em virar cara a esquerda sem ambiguidades e em definir à rua, a açom política e as camadas populares como os seus espaços de açom. A Federaçom das Mocidades Nacionalistas (FMN) é o primeiro referente para a auto-organizaçom política da juventude galega, e aquelo que o caracterizou -a afouteza, a vitalidade, o impulso revolucionário-, manterá-se nas seguintes expressões juvenis organizadas da nossa história recente.

Em 1996, sessenta anos depois de que a FMN se declara-se abertamente independentista naquela assembleia de Cela Nova, um pequeno grupo de moços e moças constituem a AMI, a Assembleia da Mocidade Independentista, que recuperará o seu hino, o Caste dos Celtas, assim como o seu vigor, e começaram a reconstruçom do movimento independentista. Anos mais tarde aparecerá Briga, procedente de outra corrente do Independentismo, que logo da desapariçom da AMI a meados da década passada, manterá acesso o facho da mocidade independentista, alumeando nuns anos de dura repressom. A repressom será umha constante do estado frente a evoluiçom dos projetos que a mocidade pretende levar avante, amossando as fraquezas do regime, que treme ante o evidente fracasso da sua política de extermínio quando abrolham novos projetos arredistas. Ambas organizaçons juvenis sofreram a perseguiçom das forças policiais espanholas: o seu assedio explica em boa medida a auto-dissoluçom da AMI no ano 2014, mas nom sem deixar trás de si múltiplas análises, projetos, experiências militantes… e fontes onde beberá a Galiza combatente do futuro.

“Organiza-te e luita” foi a legenda com a que a AMI chamava à participaçom da mocidade. Recuperamos esta legenda nesta Galiza Combatente nom como um simples recordo, mas sim pola sua vigência. Além dos seus significados mais evidentes, e cada vez mais nos tempos que correm, hoje a auto-organizaçom e a luita apresentam-se-nos como sinónimos de “vida”

O capitalismo colonial ameaça a vida na nossa Terra, porque ameaça as condições de regeneraçom da vida -humana e nom humana-, com os seus ciclos enlouquecidos de acumulaçom. O sistema também ameaça a vida por meio dos processos de alienaçom individual e coletiva que implica o trabalho assalariado, e a crescente precarizaçom das condições em que se realizam estes trabalhos.

Mas, além disto, o capitalismo, como fase superior do patriarcado, ameaça a vida no sentido mais profundo da existência, ao mercantilizar os desejos, os afetos e os vínculos, propondo-se obter lucro, extrair mais-valia, das nossas paixons mais humanas, convertendo-as em mais um produto.

Vivemos tempos em que o capital avança cara a expropriaçom definitiva da vidacom a destruiçom dos últimos espaços comunitários e as últimas vivências coletivas nom mediadas por ele. À vista estam os resultados deste avanço: o vazio existencial, a dependência cada vez maior de psicofármacos e o aumento de suicídios, som o correlato da socializaçomexclusiva nos espaços em que governa o capital, pense-se em centros de trabalho, centros comerciais ou em redes sociais.

Frente a isto, queremos opor a história de luita protagonizada pola mocidade galega, construindo espaços próprios, gerando o seu próprio contra-poder, saboreando a liberdade que, ao fim, é a capacidade de decidir, de construir, de pelejar, de governar o próprio. Este sentimento militante, esta paixom pola vida, esta força e esta alegria que representou e representa a mocidade organizada do nosso país, é o que trazemos a cena nesta Galiza Combatente. Só a auto-organizaçom e a luita podem opor-se ao plano de destruiçom da vida que opera o capitalismo espanhol na nossa Terra; só a militáncia consciente pode, nos tempos que correm, opor-se a destruiçom dos vínculos e re-construir a comunidade em resistência que impida o avanço do capital até o fim da vida.

Viva a luita da mocidade!

Viva a Galiza Combatente!

Anota-te para o jantar antes do dia 7 em:

assembleiasabertasindependentistas@riseup.net

ou em:

https://forms.gle/WLsMJinw1HscYyhm7

Filed under Arquivo

Comments are closed.