Comunicado 8 de março. Seguirmos organizadas e em luita!

Posted by assembleiasabertasindependentistas on 2024/03/08

Achamos que um feminismo capaz de muda-lo todo tem que priorizar as necessidades das mulheres mais oprimidas e violentadas, conscientes de que co nosso trabalho somos quem de soster a reproduçom da vida e a acumulaçom do capital.
A atividade produtiva está orientada a satisfazer os interesses dumha articulaçom composta polo capitalismo, o patriarcado e o colonialismo. Isso converte aos sectores laborais mais feminizados no espelho da precarizaçom.
Fai uns dias conheciamos a vitória das limpadoras de Lugo que após soster um pulso à patronal de 130 dias de greve, converterom-se num exemplo de luita, uniom e resistência, logrando assim umha subida salarial ligada à demoliçom de um convénio que só perseguia consolidar a precarizaçom dum sector menosprezado na nossa sociedade.
Este feito leva-nos mais umha vez a lembrar que a divisom sexual do trabalho segue a manter-nos num plano socioeconómico periférico. A presença das mulheres é cada vez maior mas está localiçada no sector serviços e liderando os tramos de menores ingressos.
Hoje também queremos pôr o foco nas situaçons das empregadas do fogar cuja luita está individualizada, já que carecem dum marco organizativo tendo em conta que desempenham as suas labores em fogares privados. É por isso que som mais susceptíveis de sofrer humilhaçons de todo tipo e acosso sexual de forma cotiá. No caso das internas a situaçom agudiza-se e se estas som migrantes a vulnerabilidade é muito maior, já que em muitos casos nom tenhem papeis nem respaldo familiar, nom tenhem acesso a umha vivenda e ven-se obligadas a aceitar as piores das condiçoms laborais acompanhadas dumha invisibilidade absoluta.
Outro sector castigado é o sociosanitário que apesar da sua alta demanda e essencialidade, ao igual que as residências da terceira idade, situa-se numhas vertiginosas cifras de privatizaçom que nenhum governo se atreve a deter, gerando assim incalculáveis benefícios a grandes conglomerados empresariais.
As cuidadoras das residencias e as auxiliares de ajuda no fogar protagoniçarom após a pandemia diversas manifestacoms e greves co fim de obter umha melhora da sua precâria situaçom laboral. As empregadas do SAF apostarom pô-la actualizaçom do seu convènio, mas quando este chegou, tiverom que rejeita-lo e paralisar a sua assinatura até o dia de hoje, já que nom fazia mais que dar continuidade a umhas condicçons denigrantes.
Os quadros salariais do serviço de ajuda no fogar estàm supeditados aos interesses das empresas que competem pola adiudicaçom municipal
sabendo que sempre ganham os orçamentos mais baixos.
Tambem fomos testemunhas das denúncias públicas que figerom as”kellys” para dar visibilidade às doenças que padecem fruito da exploraçom laboral que sofrem por parte das subcontratas dos hoteis. Mas também somos conscientes de que ficarom longe de conseguir a mudança radical que merece o sector num pais com anelos de sobreviver em base à turistificacom senom ponhemos remédio a tempo.
No caso das profssionais sanitárias que na atualidade luitam pola reclassificacom das suas categorias profissionais, é por todas conhecida a eventualidade a que estám submetidas perante o desmantelamento da sanidade pública levada a cabo polo governo em favor de empresas amigas.
As enfermeiras e as TCAES denunciam com frequência através de dliversas plataformas a realidade que vivem a diário: o incumprimento de ratios suportando cargas de trabalho insalubres que repercutem na qualidade assistencial, contratos de dias e incluso horas, càmbios constantes de unidades e umha disponibilidade forçosa baixo ameaças de penalizaçoms que fai impossível a conciliaçom familiar.

O patriarcado sempre vai estabelecer politicas que derivem o sostemento do bem-estar social ao àmbito privado, mas quando o capitalismo precisa de aumentar a producom e sacar maior beneficio, o estado pom meios para converter parcialmente às muheres em pessoas “livres” de vender a sua força de trabaho e consumir.

Para dar-nos esse estatus complementário e reservista foi preciso asignar-nos socialmente a responsabilidade familiar como tarefa principal mediante umha educacom que descarta ponhermos limites e dizer NOM perante a sobrecarga, assim, a nossa opressom é umha ferramenta que permite gestionar o conjunto da força de trabalho no seu benefício.
É urgente umha democratizaçom dos cuidados e reconhecer a divida que tem o sistema connosco, mas nom é suficiente com assumir publicamente a sua importancia esse reconhecimento debe traduzir-se em melhoras salariais e umha reestruturacom das jornadas laborais.  Precisamos de umha legislacom em matéria de prevemcom de riscos laborais que nom exclua empregos feminiçados nos que posturas forçadas e movimentos repetitivos som parte da rotina.
A dia de hoje, as nossas lesons som com frequència qualificadas como enfermidades comuns, já que som atribuidas ao desempenho das nossas labores no fogar quando nom som consideradas psicossomáticas por mor das nossas caracteristicas hormonais.
Por muito que reclamemos medidas a curto praço, nom imos desviar a nossa atençom da origem de estas circunstâncias nem escatimar em tecer esforcos até limpar das nossas vidas qualquer vestigio deste sistema que nos oprime, mercantiliza e assassina.
Os nossos corpos clamam justica e se temos umha obriga indiscutivel,essa é a de seguirmos  organizadas e em luita!

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