MANIFESTO DIA DA PATRIA 2024

Posted by assembleiasabertasindependentistas on 2024/08/02

Companheiras e companheiros:

Este 25 de Julho saímos à rua com o objetivo de seguir a fortalecer a nossa comunidade e seguir artelhando umha alternativa conjunta fronte à realidade que cada vez se torna mais hóstil para nós.

É tempo de compromisso para seguirmos traçando as nossas futuras açons e o carácter que deve ter a política independentista galega.

Somos conscientes da resignaçom o pesimismo e a apatía, que em muitas ocasons nos envolve, da difícil leitura do contexto político atual e as contradiçons que gera atopar respostas nuns tempos tam convulsos. Somos testemunhas da instrumentalizaçom sistémica dos meios de comunicaçom e das redes sociais para convencer-nos de que as alternativas a este modelo capitalista som meras utopías, mas nós, através de diagnósticos realistas, sabemos que está nas nossas mãos fazê-las possíveis!

Longe das políticas conformistas, precisamos levar a cabo açons que nos devolvam o orgulho e a dignidade de sermos um povo livre.É por isso que este ano centramos a nossa campanha do 25 de Julho nas bases que para nós som imprescindíveis para lograr a nossa emancipaçom como classe e como país, mas também, nos frentes a combater, na defesa da nossa terra e na defesa da vida que merecemos, que nom é nenhuma concessom, e polo tanto, o jeito de acada-la nom entende de mendicidade nem súplicas!

O espólio colonial da nossa terra é paralelo à destruiçom das nossas vidas, devemos desputar ao capitalismo e ao estado espanhol o seu monopólio em todas as frentes criando contra-poder em cada umha delas. As instituiçons que semelham preocupar-se pola queda demográfica nas zonas rurais, ponhem alfombras vermelhas a projetos como Altri, megaparques eólicos, e minas. Prometem postos de trabalho e promocionam um capitalismo verde que assegura reverter a crise climática que debasta os nossos ecossistemas, mas nom podemos permitir que branquejem desse jeito as manobras de terrorismo ambiental, económico e social que levam a cabo para enriquecer-se uns poucos.

A única saída que pode frear esta crise ecológica situa-se no controlo dos recursos naturais por parte do nosso povo. Ningumha formaçom política institucional foi quem de desafiar aos conglomerados empresariais que cada vez abarcam mais terreo na gestom da sanidade, a educaçom e os serviços sociais. O feche de camas, a supresom de áreas sanitárias, as residências privadas, as longas listagens de espera e as subastas dos serviços sociais som paralelas aos recordes de benefícios no lobby das asseguradoras privadas. Nom podemos sobreviver em base a medidas curtoprazistas que acentuam ainda mais a desigualdade. Recuperar uns serviços 100% públicos e de qualidade é umha tarefa urgente.

Seguimos a denunciar os atropelos que padecemos as galegofalantes no trato com administraçons, no sector dos serviços e na educaçom. Cumpre enfrentar-nos à castraçom linguística perpetuada polo nacionalismo espanhol e fazer valer os nossos direitos como galegofalantes. Defendamos o nosso direito a viver em galego, porque a única imposiçom linguística que sofremos, é a espanhola!

O desafio ao modelo neoliberal liderado polas élites corporativas ocidentais traduzira-se numha crise de dimensons inimagináveis na economia mundial, mentres, os meios ao serviço dos interesses geopolíticos ocidentais intentam impor um relato único sobre vítimas e verdugos invocando-nos a umha falsa unidade entre exploradoras e exploradas. Nom esqueçamos que som os mesmos que querem converter as nossas vidas num parque temático dependente da turistificaçom mentres especulam coa vivenda a que nom podemos aceder!

A quem questiona qualquer nacionalismo agás o espanhol, lembramos-lhes que a luita pola nossa liberaçom nacional e a luita pola emancipaçom socialista nom é contraditória senom complementária e inseparável. A liberaçom das naçons oprimidas é um passo ineludível cara a emancipaçom da classe trabalhadora a nível mundial.

O terrorismo machista que longe de dar-nos umha trégua, nom para de assassinar-nos, agredir-nos, mercantilizar-nos e precarizar-nos polo simples feito de ser mulheres. Seguimos presenciando umhas cifras arrepiantes de feminicidios e violência vicária. Muitas das mulheres assassinadas denunciaram previamente mas viram-se vendidas a um sistema de proteçom ineficaz e incluso inexistente. Estamos fartas de minutos de silêncio quando teriamos que estar berrando mais que nunca. Um feminismo capaz de mudá-lo tudo tem que priorizar as necessidades das mulheres mais oprimidas e violentadas, aquí e no resto do planeta. Deixemos de mirar cara outro lado!

Governos como o do estado espanhol que se autoproclama progressista está exterminando a presas políticas enfermas na cadeia, emprega com elas a dispersom penitenciaria, e leva a cabo sistemas de liberdade vigiada trá-lo cumprimento íntegro das condenas nos cárceres. Nega o nosso direito a autodeterminaçom, legitima montagens policiais e persegue cualquer dissidência amparado na Lei Mordaça.  Um estado que aplaude açons que vulneram os direitos fundamentais das pessoas migrantes é contrário a qualquer evoluçom social!

Oponhemo-nos firmemente à posiçom imperialista da UE que prioriza o gasto militar co fim rearmar os estados que obedecem aos interesses da NATO patrocinando no nosso nome genocídios planificados como o da Palestina.

O pequeno grupo que formamos as Assembleias Independentistas continuamos com a mão tendida e o diálogo aberto aguardando que caminhedes com nós neste projeto, criando a irmandade que nos une na mesma luita.

Organizadas construimos o nosso futuro.

Viva Galiza Ceive, Socialista e Feminista!!!

Filed under Comunicados

Tagged , ,

Comments are closed.