Nestes dous anos, com a Crise da Covid, ainda quedou mais a luz a situaçom de precariedade na que muitas mulheres vivemos ou, melhor dito, mal-vivemos.Tanto a nível laboral, social como sanitário as condiçons que já eram malas, empiorárom.As violências, de tudo tipo contra nós, crescêrom ao aplicar-se medidas repressivas amparándosse no seu suposto carácter sanitário, como é o caso das pressas que sofrem quarentenas injustificadas em isolamento absoluto durante dias e dias (que noutras circunstâncias eram consideradas tortura polo direito internacional).
Por tudo isto e mais, hoje, mobilizamo-nos e tomamos as ruas e praças em cada vila e cidade do país para reivindicar os nossos direitos que após decadas de luita ainda seguimos a ter de reinvidicar.
Apoiamos e unimo-nos à Convocatória de Galegas 8M numa luita que nos é comum.
Seguiremos na luita, dia após dia!!!
Assembleias Abertas Independentistas.
Nos conflitos armados convivem duas realidades paralelas: a que está sobre o terreio e mais a que fabricam os grandes meios de comunicaçom. Com as novas tecnologias, ditos meios acadam quotas inimagináveis e nom podemos ficar no discurso reducionista de que éstes obedecem ao poder, já que fam parte dum mesmo poder e o seu principal objetivo é que o povo observe e analise a situaçom desde a sua óptica. É por isso que presenciamos debates falsos e superficiais que nunca mencionam a raiz do problema e de cada volta, resulta-nos mais difícil aceder a novas que nom estejam contaminadas dum relato adulterado acompanhado de altas doses de conteúdo emocional, chegando ao ponto de empregar imagens anacrónicas doutros conflitos, traduçons fictícias e mesmo sequências de videojogos.
Como consequência dum apagom informativo impulsado pola UE, atopamo-nos num cenário no que ouvir ou ler análises independentes só é possível através de meios minoritários ao mesmo tempo que nos é vetado o acesso á canais como RT ou Sputnik Mundo. Europa começa a mostrar a sua ferocidade co ânimo de comprazer aos EUA, e como ponto de partida, temos a fiscalia de Chequia advertindo à cidadania que apoiar públicamente a Rússia en manifestaçons ou internet, pode conlevar condenas de 1 até 3 anos de cárcere ao amparo de artigos que penam a apologia de crimes de guerra e genocídio, mentres que um dos principais diarios de Letónia alenta à sua populaçom a denunciar atos de apoio a Rússia facilitando fotos e capturas de pantalha.
Mais umha vez, estamos a ser vítimas dum potente instrumento ao serviço de interesses económicos e geopolíticos ocidentais com a capacidade de eliminar qualquer crítica e co propósito de impor o pensamento único.
Como queres que te apanhe esta crise?
Vivemos tempos incertos, de profunda crise económica, social e ambiental. Ao desacougo que isto produz, há que somar a campanha de terror que estám a criar desde os médios: vírus, cambio climático, apagons…
Das Assembleias Abertas Independentistas fazemos umha dupla leitura desta situaçom. Por umha banda, somos conscientes de que a verdadeira crise, essa da que nom se fala nos meios maioritários, é umha crise sistémica do capitalismo. A negaçom desta crise e a culpabilizaçom do povo polos males que acarreta tem sido recorrente, provocando confusom e desacougo diante da falta de sentido e futuro.
Aliás, sabemos que crise e oportunidade som a mesma cousa. Sentimos vertigem fronte ao paro, o empobrecimento, a escasseza de recursos… mas também podemos entrever as potencialidades da crise: luitas populares, empoderamento, criaçom de redes fora dos circuitos do capital… A crise será umha oportunidade se sabemos desenhar nela novos horizontes de liberdade polos que organizar-nos e luitar.
Com este convencimento é que das Assembleias andamos a desenhar esta campanha que agora vos apresentamos, e que desenvolveremos durante os próximos messes. Com ela pretendemos
- desdramatizar, porque sabemos que o medo forma parte da sua política repressiva; dar-lhe a volta, porque crise, para nós, também é oportunidade;
- criar um espaço saudável para o debate, fora das lógicas de enfrentamento que promovem os mass-media e as redes sociais;
- apresentar-nos como mais um dos lugares possíveis desde onde desenhar e luitar por essa revoluçom galega que ansiamos
- e convocar-vos à organizaçom, com alegria revolucionária: chegou a hora despegar o fucinho do smart-phone, quiçá os tempos som chegados!
Na Terra, Nadal de 2021
Podes ler o caderno premendo na imagem
Das Assembleias Abertas Independentistas vimos de comemorar o dia da Galiza Combatente polas ruas da cidade da Corunha, este ano dedicado à mocidade combativa. O ato consistiu num roteiro histórico que arrancou no Campo da Lenha, onde contamos com a intervençom de umha companheira das Assembleias sobre o significado que queriamos dar-lhe a esta Galiza Combatente. A escolha desta praça veu motivada por ter sido o cenário onde, no ano 1996, a mocidade da rescem constituida AMI, enfrentava à polícia em protesta pola detençom de umha das suas companheiras. No ato interveio um dos participantes na altura e fundador da AMI, contando como foram aqueles começos nos que a mocidade erguia ao lombo um movimento político totalmente esfarelado logo da etapa anterior.
Depois continuamos até a Praça das Atochas que anteriormente levava o nome do fascista Millán Astray. O motivo de nos deter neste lugar foi para lembrarmos e comemorar a açom protagonizada por vários militantes da organiçaçomi ndependentista BRIGA em defensa da Memória Histórica e emarcada na luita pola eliminaçom da simbologia fascista das ruas e prédios do nosso país. Umha companheira das Assembleias que militou em Briga, foi a encarregada de contar-nos o desenvolvimento da açom, rematando com a cançom que a Banda Potemkin adicou em tom humorístico a aquela valente acçom que, a pessar de ser neutraliçada polas forças policiais, nom deixou de constituir um rotundo sucesso pola transcendência e visibilidade que acadou a luita contra a simbologia fascista na cidade da Corunha.
Desde a Praça das Atochas fomos até as imediaçons do Clube do Mar, que contou entre os seus fundadores com a presença de Pedro Galán Calvete, que fijo parte da primeira junta directiva desta sociedade coma vogal do comité de propaganda. Ao longo dos máis de oitenta anos de história esta sociedade vem de estar presente na meirande parte dos acontecementos políticos e sociais da cidade.
Nado no ano 1917, compre destacarmos que quando Galam Calvete participa na creaçom do Clube do Mar, no 1935, a penas conta com 18 anos de idade e umha dilatada trajetória política na defensa da Terra. Justo dous anos antes da fundaçom da sociedade é quando aparece publicado em A Nossa Terra o manifesto do 1933 no que, junto co Jenaro Marinhas e umha outra gente moça, anunciabam a criaçom das Mocidades Galeguistas. Foi secretário de organiçaçom das Mocidades da Corunha representando-as na assembleia fundacional da Federación de Mocidades Galeguistas, que tivo lugar em Ourense em Janeiro do 1934, passando a fazer parte do seu Conselho Nacional em representaçom da comarca corunhesa.
Galam Calvete foi assassinado polos fascistas no ano 1936. Para rematar o ato, achegamo-nos ao cemitério onde realizamos umha oferenda floral e onde um companheiro das Assembleias interveio para explicar o significado desta data, da Galiza Combatente, fazendo finca-pé na experiência coletiva da auto-organizaçom da mocidade, além dos protagonismos individuais, e da importáncia de todas aquelas que trabalharom para erguer o facho da liberdade para o nosso povo sem procurar protagonismo nem reconhecimento, mesmo dando a sua vida por isso.
Para complementar o ato, elaboramos um pequeno caderno para a formaçom e o debate que podes encontrar em vários centros sociais ou solicitar-nos a sua versom para a impressom em assembleiasabertasindependentistas@riseup.net
Rematado o ato, fomos jantar ao CS A Comuna, a quem agradecemos a sua colaboraçom.
“A LUITA É O ÚNICO CAMINHO”
Homenagem à mocidade independentista e as suas expressões de auto-organizaçom e luita
A meados da década dos anos 30 do século passado, a mocidade começa a virar o rumo do nacionalismo, até agora ancorado no intelectualismo, radicalizando as posturas do movimento. Será a mocidade a primeira em erguer na Terra a bandeira arredista, em virar cara a esquerda sem ambiguidades e em definir à rua, a açom política e as camadas populares como os seus espaços de açom. A Federaçom das Mocidades Nacionalistas (FMN) é o primeiro referente para a auto-organizaçom política da juventude galega, e aquelo que o caracterizou -a afouteza, a vitalidade, o impulso revolucionário-, manterá-se nas seguintes expressões juvenis organizadas da nossa história recente.
Em 1996, sessenta anos depois de que a FMN se declara-se abertamente independentista naquela assembleia de Cela Nova, um pequeno grupo de moços e moças constituem a AMI, a Assembleia da Mocidade Independentista, que recuperará o seu hino, o Caste dos Celtas, assim como o seu vigor, e começaram a reconstruçom do movimento independentista. Anos mais tarde aparecerá Briga, procedente de outra corrente do Independentismo, que logo da desapariçom da AMI a meados da década passada, manterá acesso o facho da mocidade independentista, alumeando nuns anos de dura repressom. A repressom será umha constante do estado frente a evoluiçom dos projetos que a mocidade pretende levar avante, amossando as fraquezas do regime, que treme ante o evidente fracasso da sua política de extermínio quando abrolham novos projetos arredistas. Ambas organizaçons juvenis sofreram a perseguiçom das forças policiais espanholas: o seu assedio explica em boa medida a auto-dissoluçom da AMI no ano 2014, mas nom sem deixar trás de si múltiplas análises, projetos, experiências militantes… e fontes onde beberá a Galiza combatente do futuro.
“Organiza-te e luita” foi a legenda com a que a AMI chamava à participaçom da mocidade. Recuperamos esta legenda nesta Galiza Combatente nom como um simples recordo, mas sim pola sua vigência. Além dos seus significados mais evidentes, e cada vez mais nos tempos que correm, hoje a auto-organizaçom e a luita apresentam-se-nos como sinónimos de “vida”
O capitalismo colonial ameaça a vida na nossa Terra, porque ameaça as condições de regeneraçom da vida -humana e nom humana-, com os seus ciclos enlouquecidos de acumulaçom. O sistema também ameaça a vida por meio dos processos de alienaçom individual e coletiva que implica o trabalho assalariado, e a crescente precarizaçom das condições em que se realizam estes trabalhos.
Mas, além disto, o capitalismo, como fase superior do patriarcado, ameaça a vida no sentido mais profundo da existência, ao mercantilizar os desejos, os afetos e os vínculos, propondo-se obter lucro, extrair mais-valia, das nossas paixons mais humanas, convertendo-as em mais um produto.
Vivemos tempos em que o capital avança cara a expropriaçom definitiva da vidacom a destruiçom dos últimos espaços comunitários e as últimas vivências coletivas nom mediadas por ele. À vista estam os resultados deste avanço: o vazio existencial, a dependência cada vez maior de psicofármacos e o aumento de suicídios, som o correlato da socializaçomexclusiva nos espaços em que governa o capital, pense-se em centros de trabalho, centros comerciais ou em redes sociais.
Frente a isto, queremos opor a história de luita protagonizada pola mocidade galega, construindo espaços próprios, gerando o seu próprio contra-poder, saboreando a liberdade que, ao fim, é a capacidade de decidir, de construir, de pelejar, de governar o próprio. Este sentimento militante, esta paixom pola vida, esta força e esta alegria que representou e representa a mocidade organizada do nosso país, é o que trazemos a cena nesta Galiza Combatente. Só a auto-organizaçom e a luita podem opor-se ao plano de destruiçom da vida que opera o capitalismo espanhol na nossa Terra; só a militáncia consciente pode, nos tempos que correm, opor-se a destruiçom dos vínculos e re-construir a comunidade em resistência que impida o avanço do capital até o fim da vida.
Viva a luita da mocidade!
Viva a Galiza Combatente!
Anota-te para o jantar antes do dia 7 em:
assembleiasabertasindependentistas@riseup.net
ou em:
https://forms.gle/WLsMJinw1HscYyhm7
Convidamos-vos a este espaço de encontro e reflexom feminista!
11 h. Recebimento.
11:30-13:30 Umha história de luita:
As mulheres no independentismo. Experiências militantes. O que nos fere e o que nos fortalece.
Partilha de sentires, reflexons e experiências militantes nas organizaçons políticas e nos movimentos sociais, das mulheres independentistas. Encontro intergeracional das protagonistas desta história de luita, com a intervençom de militantes e ativistas envoltas em cada umha das etapas da história recente do movimento, desde os anos 90´ até a atualidade.
13:30-16:00 Vermute e jantar
16h. Um futuro nosso
Mulheres organizadas por umha Galiza livre:
Partilha de desejos, expectativas e necessidades coletivas xurdidas a partir do debate da manhã. Chuva de ideias: modelos organizativos, gestom das agressões, atividades conjuntas…
18h. Encerramento.
Se queres participar, contacta com nós em
assembleiasabertasindependentistas@riseup.net
antes do dia 22 de Setembro
No vindeiro 29 de Agosto (Domingo), terá lugar umha jornada de convivio entre independentistas de tudo o país. A ideia é façer um jantar campestre na Carvalheira de Catasós no que cada quem levará a súa comida. Ao rematarmos de jantar celebraremos umha Assembleia Nacional Aberta pra intercambiarmos impressoms e organiçármo-nos de cara ao curso que vem. Iremos informando neste mesmo site e nas nossas redes sociais das novidades que vaiam jurdindo. Nom dubidedes em asistir,
Saúde e Terra!
Video sobre a manifestaçom do dia da Pátria, com extractos da arenga com a que se finalizou a manifestaçom, na Pç. do 8 de Março, que podedes ler completa a continuaçom:
“Vou contar uma anedota: Quando eu e muita gente da minha geraçom, começamos a militar, quase no século passado, havia uma gente que agiam baixo a palavra de orde de “aqui nom vimos fazer amigos”, em referencia as estruturas organizativas das que fazíamos parte. Muitas lembraredes, outras poderede-lo imaginar -ou se quadra tivestes experiencias similares-, o ambiente irrespirável que ali havia. Esta gente entendia, ou queria fazer-nos entender, e mesmo nós assim o entendiamos, que o processo nom importa, só os fins. Polo tanto, enchíamos a boca com termos grandiloquentes (democracia, feminismo, socialismo, liberdade), mas escornávamo-nos na convivência diária. Parecíamos umha empresa comercial de “ideais libertadores”: acudíamos ao trabalho militante pontualmente, havia chefes, encarregados, competitividade, broncas, bulling; produzíamos ingentes quantidades de publicidade e atos vários, éramos realmente mui produtivas. Tam produtivas que daquela experiência rematamos esgotadas e frustradas. Quando paramos a reflexionar sobre as nossas metas utópicas, sobre a sociedade ideal com a que sonhávamos, soubemos que nom se podia parecer a aquelo que tínhamos entre nós, nom podia guiar-se pola ética, ou a falta dela, que refletiam aquelas relaçoes.
Ao longo deste ciclo da nossa história que está a esmorecer, avançamos no questionamento destas formas clássicas da militância, do dogmatismo com que defendíamos as nossas propostas, do produtivismo que se apoderava dos nossos espaços, das similitudes entre a organizaçom política e a mercantil nos valores que as sostenhem e nos roles que destacam no seu seio. Ao tempo, ao calor da luita política, forom gerando-se uns vínculos, uns compromissos, umas sujetividades, que nom atendiam simplesmente aos cálculos racionais nem as lógicas frias da organizaçom partidária. A palavra companheiro, companheira, foi ficando pequena. Nós deixamos também de acudir ao movimento fazer amigas, xq enxergamos a possibilidade de fazermos irmaos e irmás.
Achamos que conseguimos gerar, por volta de um projeto político, por volta do trabalho político, algo muito mais grande e forte para resistir as investidas do inimigo; algo que nos alenta a falar de irmandade, de comunidade. É este ideal comunitário o que pretendemos alongar para fazer fronte à destruiçom do nosso País, e por isso as reflexions sobre as relaçons humanas que sostenhem o movimento político tenhem para nós um caracter prioritário. O que as fere e o que as fortalece. Imos mover o foco, que temos rígido sempre a iluminar os fins, os objetivos, para alumear os processos e ver que é o que se esconde aí. Xq quizá a revoluçom nom é um fim, e onde se encontra é no processo.
Há umha ladainha mil vezes repetida no independentismo, e no nacionalismo em geral, referente a isto: “Xq nom saímos destas liortas internas que tanto mal nos fam, que esgotam tanta gente… Que mandam tanta gente para casa…”; “nom vou ao 25 xq hai mal rolho, melhor vou-me para a praia…”
Sem laios. As arredistas caracterizamo-nos por fazer fronte ao vitimismo e ser intransigentes coa auto-lamentaçom. Se umha nom pode, turra outra do carro. Temos um problema e imos aborda-lo, e temos ferramentas e temos conhecimento, e temos a ledícia de termos acarinhado, ainda que só fosse com a ponta dos dedos, um outro jeito de estar na política e na luita e na vida.
Agora, que é tempo de seitura, de segar os campos que trabalhamos neste ciclo político que durou um quarto de século, imos malhar o que será o nosso alimento e a semente da seguinte jeira. O nosso alimento político e ético para os próximos anos, e também a semente do pam que nuns anos seituraredes as geraçons mais novas. Esta malha imos faze-la nas AAI, nelas imos separar o grao da palha:
Palha:
Todas as palavras vacias falando de horizontalidade, de unidade, de apertura, de aglutinamento de forças, de incorporaçom das mulheres.
Palha os discursos grandiloquentes que agocham afam de poder, de protagonismo.
A competitividade, o dirigismo.
Palha o dogmatismo, as verdades absolutas que pretendem o aniquilamento das outras posiçoes.
Os egos disfarçados de lideranças.
Palha a política volcada ao espectaculo das redes sociais, opinólogos e lideres de twitter que nom estám hoje nas ruas de Compostela.
Grao:
O trabalho humilde e silencioso que nom procura reconhecimentos nem medalhas.
A responsabilidade, o compromisso, a valentia, a constáncia.
O trabalho amoroso que sostem ao coletivo nos momentos difíceis, frente a represom e frente ao medo.
A capacidade para situar o bem comum por cima do próprio ego.
A capacidade de auto-crítica, de re-invençom. De capilaridade diante das luitas sociais.
Os vínculos reais forjados na luita. A empatia, a solidariedade. O amor a terra. O amor entre irmans.
Acompanhade-nos neste trabalho xq é um trabalho coletivo, e xq estamos num momento de crise brutal no nosso país e temos que asumir a responsabilidade de sementar umha resistência real frente a destruiçom da nossa terra e a usurpaçom da nossa identidade. O que serám as AAI vai ser uma construçom coletiva que necessita agora, já, da participaçom de todas. Necessita da experiencia militante de quem leva anos na luita; necessita do vigor e do alento das jovens e da frescura das recém chegadas; necessita das mulheres para deitar luz sobre estas práticas patriarcais que dinamitam a nossa vida coletiva.
É tempo de compromisso, xq a Galiza, em todas as suas expresions, corre grave risco de ser exterminada. É tempo de organizaçom, de organizar-nos melhor. E esta é basicamente a nossa humilde proposta, que aguardamos contribuades a desenvolver com nós. Umha proposta de alargamento dos valores e da comunidade arredista, que não pode desvincular-se das luitas nas que ela própria se gera. A nossa comunidade fai-se na luita; a nossa comunidade fai-se na defesa da Terra. Aí é, irmás, irmaos, onde nos encontraremos.
Viva Galiza ceive!”